Muitos não gostam de comentar assuntos polêmicos via Blog
e como chegou alguns e-mails defendendo o “benefício”; volto ao assunto. Desta
vez, exemplificando por analogia.
Só reforço que o sistema de cotas favorece apenas a
uma pequena minoria de estudantes, sendo que é a sua totalidade que tem direito
constitucional a um ensino de qualidade.
E torno a dizer: o sistema de cotas é um placebo que o
governo, malandramente, obriga o povo a engolir como se fosse um auxílio magnânimo.
E muitos engolem com vontade e defendem, ferrenhamente, este embuste.
Isto porque “educação” não tem sintomas drásticos, não
dói, não enfraquece, não leva à morte, não carece de atendimento imediato, não
sangra (por fora, porque por dentro a pessoa se sente um morto-vivo sem futuro).
Portanto, vamos comparar a “educação” com um sintoma
bem conhecido de muitos brasileiros: a “fome”.
Suponhamos que houvesse uma multidão faminta (e há de
fato) e o governo dissesse que para trazer a “igualdade social”, para essa
multidão desesperada, ele iria repartir o MESMO alimento com ALGUNS OUTROS
ESCOLHIDOS, que, por motivos alheios e diversos, não participavam desta
distribuição, isto é, retiraria a marmita de alguns que comiam, para dar para
outros que nunca comeram – e consideraria, com este NOBRE GESTO, o problema da
fome, DE TODOS, resolvido.
Eu creio que neste caso não teríamos ninguém a favor
do “benefício”, principalmente os FAMINTOS que ficaram de fora e não seriam
contemplados com uma marmita.
Essa é a dedução clara e simples que devemos ter sobre
o “sistema de cotas”.
Quem é a favor do sistema de cotas está dizendo que “estudo
não é problema, que a grande maioria pode esperar e tentar saciar sua fome do
saber no próximo ano, ou no próximo... ou no próximo... ou nunca...”
E assim, sai governo e entra governo, o povo continua
sendo enganado e acumula séculos de atraso... e vai definhando culturalmente.
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