Quer seja na intensa luz do dia,
Quer seja na escuridão da noite,
Ser invisível é não ter fisionomia,
É ganhar descrença como açoite.
Rezo para que algum bom curioso,
Marque todo esse espaço branco,
Só assim ficarei visível e, glorioso,
Mostrarei ao mundo o meu encanto.
Pois oculto na dúvida da crença,
Disfarço gestos de fé e adoração.
Quando notam a minha presença,
Extravaso, em júbilo, a gratidão.
Porque todo aquele que não me lê,
Não conhece a felicidade suprema.
Por não acreditar naquilo que não vê.
Passa a vida num profundo dilema.
Com Deus isso muitas vezes acontece,
Quando um filho seu cai em dor e aflição,
Mesmo pedindo de joelhos, em prece,
Não sente Deus tocando o seu coração.
Porque sem Ele é um vazio sem saída,
Nem há amor mundano que conforte,
Pois Ele é aquele que preenche a vida,
Ele é aquele que ressuscitou da morte.
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