Hoje,
nós vivemos de notícias. Respiramos e comemos fatos e fotos. Somos comovidos
pela desgraça alheia e quando ela chega até nós, ficamos assustados. E
confessamos que “não esperávamos que acontecesse conosco”.
Os
grandes jornais, revistas e também as emissoras de televisão vivem famintas por
tragédias.
Porém,
a magistral evolução dessa grande mídia, unificada, seria se ela estruturasse
uma equipe idônea e qualificada para impetrar, na justiça, a apuração e punição
exemplar para todas as falcatruas, desmandos e demais delitos que são, pomposamente,
noticiados. Assim ela uniria o “necessário” empresarial ao útil coletivo.
Prestaria um serviço real para a sociedade, e não apenas a divulgação sensacionalista,
pura e simples dos crimes cometidos sob os olhos indefesos da população, já que
depois, são engavetados e esquecidos.
Porque
hoje, quando a polícia, por uma infelicidade, atinge um inocente, os moradores
fazem passeatas, queimam ônibus, param o trânsito, mas quando um bandido mata
um cidadão do bem, a sangue-frio, ou quando um político, vergonhosamente,
desvia nossos impostos, todos se calam, ninguém se mexe.
E
é notório que os “nossos representantes” só “trabalham” se forem pressionados.
Portanto,
a grande mídia, por ser dinâmica, tem a verdadeira força motriz para exigir de
“nossos governantes”, leis capazes de coibirem a prática de atos que lesem a
sociedade, que assassinem trabalhadores honestos... Pois o abuso e a irresponsabilidade
andam pelos gabinetes refrigerados, pelas ruas esburacadas e pelas favelas
dominadas pelo tráfico.
Os
delinquentes, por não haver punição à altura, cometem, de forma banal e leviana, atrocidades impensáveis.
Todos
sabem que metade da população vive abaixo da linha da pobreza, mas parece que
ninguém nota que a outra metade esbanja, corrompe, frauda, desperdiça e não é
feliz, porque vive sob a sombra da violência.
E
pensar que se todos cumprissem com o seu dever - que deveria ser uma conduta
normal de cada ser humano - ninguém precisaria sair em busca da felicidade,
pois ela já estaria esperando, por nós, na porta de nossa casa.
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