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domingo, 14 de abril de 2013

INCÔMODOS


Morremos por um constante conta-gotas.
Vivemos na sacrificante dúvida que brota
A cada passo da vítima de presença suicida,
Que extermina o tempo, do frasco da vida.

Ninguém conhece os desígnios da morte,
Tampouco do destino, do azar e da sorte.
Nada bule, nada se revela. Tudo é secreto.
Até o mais humilde ser se mantém discreto.

Contudo, aprendizes lançam apostas.
Blasfemam sobre simuladas propostas.
Fazem desafios, sussurram presságios.
Afrontam o obscuro por velhos adágios.

Os mistérios que regem a ordem do mundo,
Sobrevivem ao herege adivinho iracundo.
Somos os navegantes de um mar inconstante,
Que grulha na tormenta, que canta na vazante.

A crença divina perdura ante o fogo do mal,
Que permanece coesa, ciente de seu ato final.
A fé sustenta a esperança sublime do asceta,
Pois a Palavra ensinada, é a glória do Profeta.

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