UMA FRASE OU TROVA DIFERENTE A CADA HORA CHEIA:

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

AO PAREMIÓGRAFO DESCONHECIDO

Ao autor desconhecido pertence o sentido do ditado popular. Querer alterar ou dar-lhe outro significado é apropriar-se, indevidamente, de sua real interpretação criativa.
Pelo menos é essa a impressão que repassam, alguns, ao comentarem velhos ditados.
Para não alongar a todos os comentados, tomo como exemplo o consagrado: “quem não tem cão, caça com gato”.
Ora, é longamente sabido e, com certeza, empregado diversas vezes pelos “alguns” que hoje querem modificar o seu sentido, que significa: quem não tem o objeto, a ferramenta, o instrumento correto, trabalha, utiliza, dá um jeito com outra “coisa” totalmente diferente e inapropriada. Seria o caso de você encontrar alguém batendo com um pedaço de madeira na cabeça de um prego e ouvir dele o velho ditado...
No entanto, alguns, querem concluir, após séculos, que os séculos estavam errados. E propagam que o “povo”, por ignorância, retirou o “O” do lugar; que o dito correto seria: “quem não tem cão, caça como gato”, isto é, “sozinho”.
Agora vejam vocês: se a falta ou o acréscimo de uma vírgula, altera o sentido da frase, imaginem a inclusão de uma letra!
Mas o ditado vai prosseguir sendo usado como seu arguto e ignoto criador imaginou. Aqueles que tentarem ludibriar a fé popular, com ilações extemporâneas, estes sim, “estarão no mato sem cachorro”.

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